2007-02-15

Promíscuo

Saio da porta e inspiro, forte
Num só folgo, reconheço o dia.
Assim, sem medo, continuo…
Pensando no ontem, abrindo o hoje!
Prólogo de um dia: o outro…
Pelo menos, pelo que me lembro!
Lembro-me pouco do que vai acontecer
Gargalho com essas lembranças, até…
Ou falta delas.
Porém de ti lembro, sinto a boca,
O cheiro a amor acabado de fazer,
O sabor a lágrima feliz agridoce!
De ti lembro o melhor:
O que sinto com o tacto,
O que leio com os olhos,
O que me dás de vontade!
De ti lembro:
A mais macia promiscuidade.

Um comentário:

leal maria disse...

Este poema...
Mano, já reparaste que fazes poemas que têm uma intemporal idade... uma universalidade...

és é pouco profícuo!!


mas é mesmo assim, as coisas boas sabem sempre a pouco.