2010-04-13

O único esquecimento possível entre nós!

Não lembro, ainda
Em que madrugada nebulosa
Te conheci
Em que hora distraída
Te fiz parte de mim.
Ou de que matéria se realizou
O laço que nos uniu.
Sei que perdi, nesse incontável momento
A parte de mim que é, agora, tua!
E que por ti foi substituída.
Desde então a estrada
Não se constrói sem a tua marca.
Desde daí
A vida se corrói do que vives também.
És uma das pedras basilares
De que é feita a minha alma.
Sobra-lhe espaço estrutural, ainda,
Mas nunca o teu,
Esse está cimentado no que sou em ti
Em troca do que és em mim.