2007-05-23

Eu, tão simplesmente…te amo!

Porque amar-te é mais que simples
Eu simplesmente não complico.
Porque, de te ter, a necessidade é menor
Que de conhecer-te, a vitalidade,
Poder sentir-te de pele nua
Traduz, da vida, a maior verdade,
Consegue cozer-me á vida,
Alinhavar-me à morte, num sopro!
Porque sais e vens e só quando estás
Percebes porque de ti dependo…
Porque de ti prescindo…
Numa perene forma de amor que me dás!
Assim vivo, simplesmente no amor
Que sinto com a total ausência da saudade
Com a mais subtil e simples forma de dor!
Amar-te é simples, basta dar-te amor!

2007-05-18

São as horas ou eu…?

Passo de vagar uma borracha
Todos os dias, sem descanso
Em toda uma passagem à mudança
Sem raiva, descansado e manso!
Sem tempo maior que o que quero
Sem menor tempo para dele me aperceber,
Sem um pequeno tempo de desespero
E nenhum tempo a perder…
Sem sombras por falta de luzes
Sem visão por falta de “vistas”
Sem peso de mais, sem cruzes
Sem X’s que findam as pistas!
Um rumo assim, descomposto
Perdido em sortes desafortunadas
Num mundo feito a meu gosto
De profundo sabor a laranjas amargas!

2007-05-17

Artigo de opinião - publicado no Fórum Vale do Sousa

"Medalha de Ouro"

Na categoria de serviço mais lento do país, o sistema judicial leva, se me é permitido avaliar, a medalha de ouro para casa.
Acredite-se ou não, o tema sobre qual iria escrever hoje não passaria nunca por este ícone das notícias nacionais, não tivesse sido, esta manhã, a minha última etapa de uma jornada processual enquanto testemunha num processo de “Insolvência”.
À parte o processo, importa frisar a forma como este sistema trata aqueles que, supostamente, são um dos mecanismos de resolução do seu trabalho: As testemunhas.
Com a audiência de hoje, finalmente concretizada, já lá vão quatro intimações e nas três primeiras a audiência não se concretizou, pese embora, o facto de que tenha lá estado cerca de quatro horas, por cada, à espera que me comunicassem nova data para me apresentar, coisa que sempre fiz.
De cada “picar de ponto” e por entre um corrupio infrutífero de funcionários judiciais, a resposta, após longos períodos de espera numa sala gélida, era quase sempre a mesma: “…Comunicamos que a audiência fica adiada para …”, e lá tínhamos que providenciar, para dali a um mês, mais uma página, quase inteira, da nossa agenda para que fosse preenchida com a celeridade característica do “evento”!
Este desrespeito pelo tempo daquele que se compromete a cumprir um dever cívico, não se permite a reciprocidades, contudo! Faltar a estes penosos desperdícios de tempo implica pesadas coimas para o infractor, e nem a convalescença de um filho menor representa justificação para que se evite este tipo de transtornos, pelo que me foi dado a entender!
Posto isto, espero que, tão rápido, não seja necessária a minha colaboração, involuntariamente lenta, com a justiça!
Por: André Leal