Passo de vagar uma borracha
Todos os dias, sem descanso
Em toda uma passagem à mudança
Sem raiva, descansado e manso!
Sem tempo maior que o que quero
Sem menor tempo para dele me aperceber,
Sem um pequeno tempo de desespero
E nenhum tempo a perder…
Sem sombras por falta de luzes
Sem visão por falta de “vistas”
Sem peso de mais, sem cruzes
Sem X’s que findam as pistas!
Um rumo assim, descomposto
Perdido em sortes desafortunadas
Num mundo feito a meu gosto
De profundo sabor a laranjas amargas!