2011-09-14

Abre-me o teu livro!

Poderás, um dia, revelar-te?

Deixares que te conheça, que te encontre?

Se o fizeres, ler-te-ei,

Como que uma última página

Falte, apenas, para o final!


Ávido, ainda assim, não terei força

Para acelerar a leitura, que, nas tuas páginas cerradas,

Se adivinha lenta, pouco clara,

Inundada de entrelinhas, que não poderei ler

De outra forma que não nos teus próprios lábios!


Não hesito em julgar-te pela capa!

Também ela diz muito do que és.

Pois a forma como nos iludem,

Revela, não raras vezes,

Como nos será exposta a verdade!


Se me leres saberás, que de outra forma

Não me lerás, senão pelas tuas próprias páginas!

Ou não se encontrasse o livro, no preciso local

Em que lhe assentam os olhos do leitor,

Que a si próprio, procura!

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